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Geleiras em declínio

Matéria de 2013, mas o rítimo acelerado do degelo continua... Fica no ar o alerta.
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Gelo em colapso
As geleiras avançam ou recuam conforme o ritmo glacial. Mas agora estão desaparecendo diante dos nossos olhos
Em: 1/10/2013
Por: Rob Kunzig para National Geographic Brasil

Via: Comissão Ambiental Sul - RJ [on Facebook ]

Fiorde de gelo Ilulissat, Groenlândia 2008: O que é sólido se liquefaz enquanto o iceberg, com a altura de um prédio de 15 andares, vai sendo erodido pelas águas quentes do Atlântico Norte.
Jökulsárlón, Islândia 2009: Condenado a derreter, um bloco de 360 quilos de gelo reluz ao luar em uma praia da Islândia. O gelo emergiu em uma laguna formada pelo recuo de uma geleira. Balog chama tais fragmentos de “diamantes de gelo”, enxergando beleza na tragédia do fim das geleiras.
 As geleiras são animais selvagens. Na época anterior à Revolução Industrial, nós as temíamos tanto quanto os lobos – com a diferença de que as geleiras devoravam vilarejos inteiros. Até o final do século 19, elas viraram atrações turísticas: na Suíça, era possível se aventurar pelas entranhas da geleira Rhône através de um túnel escavado todos os verões junto ao Hotel Belvedere. Nessa mesma época, também havíamos começado a construir um mundo no qual talvez um dia não exista mais lugar para as geleiras – ainda que, por enquanto, elas resistam.

As geleiras respiram. A neve se acumula até se transformar em gelo nas altitudes mais elevadas e derrete na base da geleira. “Ela inspira no inverno e expira no verão”, diz Matthias Huss, jovem glaciologista da Universidade de Friburgo, na Suíça.

Geleira Bridge, Colúmbia Britânica 2009

Geleira Bridge, Colúmbia Britânica 2012: Recuando cerca de 1 metro e meio por dia durante a época do degelo, a geleira Bridge, que se estende por quase 17 quilômetros na Cordilheira Litorânea da Colúmbia Britânica, sofre o impacto duplo da diminuição das nevascas no inverno e das temperaturas mais altas no verão. Com o encolhimento da geleira, só aumenta o lago a seus pés.

Elas se movimentam. Quando uma quantidade suficiente de gelo se acumula sobre ela, a geleira começa a se deslocar. “Se não há movimento, não é geleira. É gelo estagnado”, explica Dan Fagre, do Parque Nacional das Geleiras, no estado americano de Montana. Ele trabalha ali há duas décadas como ecologista especializado em mudanças climáticas. Hoje há 25 geleiras ativas no parque, mas eram 150 um século atrás. Muitas desapareceram antes mesmo de serem registradas em um mapa. Sabemos que existiram por causa de suas morenas – os montes de entulho que carregam ao deslizar para níveis mais baixos na época em que ainda estavam vivas e ativas.

Elas dominavam. Vinte mil anos atrás, a Suíça era um mar de gelo. Apenas os cumes dos Alpes se destacavam como ilhas rochosas. No século 19, os resquícios dessa Era Glacial ainda se manifestavam, no final do que hoje chamamos de Pequena Era Glacial. Um daguerreótipo de 1849 mostra a geleira Rhône estendendo-se por mais de 500 metros abaixo do nível atual. Ela caía por uma escarpa íngreme e avançava pelo leito do vale, com a altura de um prédio de vários andares.

Geleira Rhône, Suiça 2012: Um rio de gelo seca nos Alpes. No último século, esta geleira majestosa, famosa como origem do rio Rhône, teve o comprimento reduzido em cerca de 1,5 mil metros.

 A ousadia de se aproximar desses monstros durante a Pequena Era Glacial foi o que permitiu aos cientistas suíços constatar – com base nas morenas e em outros resquícios no alto das montanhas – a ocorrência das grandes eras glaciais. Foi assim que descobrimos que o clima do planeta pode mudar de maneira drástica. Se hoje não fôssemos nós os responsáveis por tais mudanças, se a natureza ainda estivesse no comando, estaríamos condenados a enfrentar outra era glacial daqui a um ou dois milênios. Por outro lado, se queimarmos, até o fim das reservas, o carvão, petróleo e gás que restam no subsolo, vamos provocar o derretimento de todo o gelo que há na Terra. Este é o eloquente recado das geleiras: o de que estamos diante de uma encruzilhada crucial.

As geleiras resistem. À medida que o mundo fica mais quente, elas buscam o equilíbrio: a altitude e a massa precisam ser de tal ordem que a neve acrescentada seja equivalente ao gelo derretido. O clima é local, e o esforço, individual. Por isso, algumas geleiras estão aumentando – mas nenhuma delas está nos Alpes. Metade do gelo dessa cordilheira derreteu no último século, um volume de água suficiente para encher todos os lagos da Suíça. De 80 a 90% do que restou, segundo previsão de Huss, terá desaparecido até 2100.

A geleira Rhône já recuou para o alto da montanha, não podendo mais ser vista do vale. Agora termina bem acima do Hotel Belvedere. Para vê-la no inverno, quando está isolada e não há como transitar pela estrada até o hotel, é preciso vestir as botas de neve e escalar a montanha.

O parque das Geleiras continuará belo sem as geleiras, diz Fagre. Mas não será o mesmo. O mesmo vale para a Suíça, segundo Huss, que conclui: “O que mais dói é, no fim do verão, ver toda aquela neve derretida. Dói de verdade”.

Geleira Stein, Suiça 2006

Geleira Stein, Suiça 2012: Seis anos depois, a diferença é notável no formato da antiga geleira Stein. Se continuar a tendência de verões mais quentes e secos nessas grandes altitudes, muitas geleiras alpinas podem perder até 75% do seu volume até o final do século ou mesmo desaparecer por completo, colocando em risco o suprimento de água na região.

Manifesto de cientistas em defesa de áreas costeiras e oceânicas

Manifesto de Cientistas em defesa de nossas áreas costeiras e oceânicas
Professores e pesquisadores se unem em Manifesto de cientistas em defesa de ações para proteção de nossas áreas costeiras e oceânicas
Em: 2/07/2014
Por: João Lara Mesquita para Mar Sem Fim



O Mar Sem Fim já ressaltou em diversas matérias que apenas 1,5%  do espaço marítimo no Brasil está protegido através de Unidades de Conservação. Apenas 1,5%!!!! Desde que Dilma Roussef assumiu, lamentavelmente, não criou nenhuma nova UC nem marítima, nem terrestre.

Diante de tal cenário, professores e cientistas decidiram se unir em uma petição pública para reivindicar melhor e mais preservação dos nossos ambientes costeiros e marinhos. Entre os tópicos do MANIFESTO DE CIENTISTAS EM DEFESA DA PRIORIDADE DE AÇÕES PARA REGIÃO COSTEIRA E OCEÂNICA NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO MMA 2014-2022 estão:

Inclusão expressa dos ambientes costeiros e marinhos no texto atual do Planejamento Estratégico 2014-2022 do Ministério do Meio Ambiente – http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/gestão-estratégica/planejamento-estratégico -  considerando sua importância para a seleção de prioridades na agenda federal e dos estados da união, a exemplo do que está expresso no documento “O Futuro que Queremos” (Declaração Final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – RIO + 20).

Garantia de proteção efetiva do Mapa de Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade (APCBio), assumindo expressamente nossos compromissos internacionais de preservação de nosso litoral.

Realização de Avaliações Ambientais Estratégicas (AAE) ou Avaliações Ambientais Integradas (AAI) nas áreas destinadas à exploração de óleo e gás, assim como naquelas com previsão de instalação de portos e petroquímicas, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente, anteriormente ao planejamento da venda ou licitação destas, reavaliando-se os projetos que não possuam este instrumento fundamental, à luz do conhecimento científico, da legislação ambiental brasileira e dos direitos humanos.

Implementação e avaliação continuada do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), através de seus programas e projetos, como Projeto Orla, e da articulação com outros grupos de interesse no Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO), fundamental para o planejamento da ocupação costeira e dos impactos dela decorrentes.

Implementação e consolidação de Áreas Marinhas Protegidas e consequente implementação de uma rede de Unidades de Conservação, que representem todos os biomas presentes na região costeira e marinha, com especial destaque para os montes submarinos submersos, atualmente negligenciados e que frequentemente são alvo do interesse econômico e estão sob a influência de áreas de exploração de óleo e gás.

Fomento à busca do uso sustentável dos recursos biológicos e minerais presentes na região costeira e marinha, com expresso incentivo para formas renováveis de fontes de energia, alimento e renda, dentro da perspectiva da economia azul.

Apoio expresso aos projetos em andamento ou que demandam renovação, como os PROTAXs, PELDs, INCTs e SISBIOTAs vinculados ao ambiente marinho.

Inclusão na agenda do Ministério um processo que leve à valorização expressa da região costeira e marinha, garantindo a manutenção das populações caiçaras ou tradicionais destes ambientes, sua cultura e seus direitos, todos estes itens assegurados pela Constituição Federal do Brasil.

Se você, assim como o Mar Sem Fim, se preocupa com nosso ambiente marinho, ajude-nos a elevar o Brasil como exemplo de proteção e preservação de áreas costeiras, divulgue essa matéria e informações!

Tubarões: agressores ou vítimas?

Bradnee Chambers, da Convenção das Nações Unidas, alerta para o que acontece quando as pessoas invadem território de animais perigosos.
Cenas tristas, mas bem reais.
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TERRAMÉRICA – Agressores ou vítimas?
Os encontros mortais de humanos e tubarões são muito piores para estes últimos, afirma neste artigo o secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre a Conservação das Espécies Migratórias de Animais Silvestres.
Em: 09/9/2013
Por Bradnee Chambers*

Bonn, Alemanha, 9 de setembro de 2013 (Terramérica) - Os ataques mortais de tubarões em águas da ilha Reunião reavivar os argumentos para que seja autorizada a caça destes animais. Porém, entre eles e os seres humanos qual é o predador e qual é a presa? Quais lições devemos aprender com os que se aventuram em lugares onde se expõem aos perigos da vida silvestre?

A ilha francesa de Reunião, no Oceano Índico, parece ser um idílico paraíso tropical para seus 800 mil habitantes. Porém, as aparências enganam. Mais rica do que seus vizinhos, Reunião tem quase a metade do produto interno bruto por pessoa da França. A produção de açúcar dominou por muito tempo a economia local, mas o florescente setor turístico atrai 400 mil visitantes por ano.

O paraíso tropical foi sacudido por cinco encontros mortais com tubarões desde 2011. No mais recente, em 15 de julho, um tubarão-touro matou uma adolescente francesa. As autoridades, então, proibiram nadar e praticar surf, exceto em algumas das lagoas formadas pelos recifes da ilha, e autorizaram a matança de 90 tubarões-touro e tubarões-tigre.

Tubarão Tigre
Os incidentes trágicos, embora raros, se convertem em manchetes da imprensa. Mas os acidentes ocorrem quando as pessoas entram no habitat de animais perigosos que são capazes de se defender e estão prontos para fazer isso.

Coloquemos em perspectiva os ataques fatais de tubarões que ocorrem anualmente no mundo, e que giram em torno de 10 a 15. No mesmo período, 50 pessoas morrem em contato com medusas, e as doenças transmitidas por mosquitos matam 800 mil. A Austrália, que lidera a lista internacional de ataques de tubarões, alerta sua população para considerar o oceano como se fosse o desértico e inóspito interior do país e desenvolveu códigos de boas práticas.

Das mil espécies existentes, o grande tubarão branco (Carcharodon carcharia), o tigre (Galeocerdo cuvier) e o cabeça-chata (Carcharhinus leucas) são as três às quais é atribuída a maioria dos ataques a humanos. O tubarão-cabeça-chata, às vezes mencionado erroneamente em espanhol como tubarão-touro, é conhecido por sua ferocidade para defender seu território e frequenta águas rasas e turvas. O tubarão-baleia (Rhincodon typus) e o tubarão-peregrino (Cetorhinus maximus), enormes e de aspecto impactante, são gigantes tranquilos que se alimentam de plâncton.


A Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) classifica 17% das espécies como ameaçadas, o que leva à seguinte conclusão sobre as interações entre humanos e tubarões: é muito mais provável que estes últimos sejam os mais prejudicados. No começo deste ano foi informado que a caça anual de tubarões, de pescas específicas e capturas incidentais, passou dos cem milhões de exemplares.

A barbatana do tubarão é usada para preparar uma sopa considerada um manjar na Ásia, tanto que é servida em banquetes de casamentos e em outras ocasiões especiais. Houve reações indignadas quando se soube que os corpos mutilados dos tubarões vivos são jogados de volta ao mar para agonizarem. Muitos governos e a União Europeia responderam proibindo a amputação das barbatanas e obrigando a desembarcar os tubarões inteiros no porto.

Os incidentes de Reunião também se devem a fatores locais. A pesca excessiva reduziu as presas naturais dos tubarões, obrigando-os a se deslocarem para a costa em busca de alimento, o que aumenta a probabilidade de se encontrarem com seres humanos. A ciguatera, uma toxina marinha cuja ingestão com os alimentos envenena as pessoas, acumula-se nos tubarões enquanto “predadores superiores”, o que interrompeu abruptamente a pesca destes animais. As pesquisas sobre este assunto são mais uma justificativa de defesa da matança destes peixes.

A presença de um estabelecimento aquícola também pode ter afetado o comportamento dos tubarões, e os surfistas começaram a entrar no mar apesar dos avisos de advertência colocados em diferentes lugares. Os moradores da região afirmam que a área protegida atrai os tubarões, o que torna as praias mais perigosas para o surf. Os pedidos para que se habilite a caça e a matança de tubarões disparam a polêmica, na qual entraram os conservacionistas, e deram lugar a uma série de ordens, apelações e avaliações judiciais.

Entretanto, sacrificar tubarões pode acarretar consequências indesejáveis para a saúde dos ecossistemas: ao eliminar o máximo predador, se multiplicarão outras espécies situadas nos escalões inferiores da pirâmide alimentar, como as medusas. Os tubarões ajudam a manter sadias as populações de espécies que compartilham seu habitat, porque eliminam os animais fracos e doentes e proporcionam alimento às espécies que buscam carniça.

Além de seu papel ecológico, podem gerar enormes benefícios econômicos: ao longo de sua vida, cada exemplar de tubarão de arrecife pode contribuir com quase US$ 2 milhões para a economia de Palaus, que embolsa US$ 18 milhões ao ano (8% do produto interno bruto desse Estado insular do Pacífico) graças ao mergulho para avistá-los.

Na última conferência sobre o tratado internacional que regula o comércio de biodiversidade, os governos acordaram proteger várias espécies de tubarão, mediante a exigência de provas de que a medida não será prejudicial. Esta decisão sucedeu à tomada pela Convenção das Nações Unidas sobre a Conservação das Espécies Migratórias de Animais Silvestres, que incluiu mais variedades de tubarões e raias em seus apêndices de proteção.

No contexto da Convenção também foi aberto um acordo mundial sobre tubarões, que já tem 26 Estados membros e cuja finalidade é desenvolver políticas que garantam a sobrevivência das populações destas espécies, em benefício dos animais e das populações, cujo sustento e meio ambiente – às vezes sem sabê-lo – dependem da presença do vilipendiado peixe.

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* Bradnee Chambers é secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre a Conservação das Espécies Migratórias de Animais Silvestres.

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.

Link da matéria original aqui.

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Veja ainda:
Barbatanas de tubarão secam na rua em Hong Kong

Defeso de Paraty na Flip

Na Flip 2013 aconteceu hoje uma rica discussão com Gilberto Gil e Marina de Mello e Souza sobre o "Defeso Cultural" de Paraty. O papo abordou as formas possíveis de encontrar o equilíbrio entre desenvolvimento, turismo e preservação.


Via: Giovana Damaceno

Dia da Biodiversidade

A Biodiversidade, ou diversidade biológica, é a diversidade da natureza viva. Desde 1986, o conceito tem adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e cidadãos informados no mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extinção, observado nas últimas décadas do século XX.

Foto: Wikipedia
A Biodiversidade é definida como a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Ela pode ser entendida como uma associação de vários componentes hierárquicos: ecossistema, comunidade, espécies, populações e genes em uma área definida. A biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados. Biodiversidade refere-se, portanto, à variedade de vida no planeta.

Você sabia que o Brasil tem 1/5 da biodiversidade do mundo? Por isso somos responsáveis pela preservação da maior biodiversidade do mundo, as nossas florestas!

Hoje é o Dia da Biodiversidade, temos que mudar nosso comportamento e atitudes diáias pra ele continuar sendo o mais diverso possível.

Vamos celebrar a vida natural, tão rica no Brasil, seja mais responsável com o meio ambiente!
 
Biodiversidade Brasileira (foto: Google)

Plataforma da Shell encalha no Alasca

A gigante petrolífera continua insistindo em investir na exploração de petróleo no frágil ecossistema do Ártico, ameaçando um dos mais importantes santuários do mundo. Como se não bastasse o incidente com o Noble Discoverer, plataforma que pegou fogo em novembro de 2012, e o fato de que a própria Shell assumiu não ter um plano de segurança eficaz em caso de vazamento de petróleo no polo norte, foi a vez da plataforma Kulluk encalhar na costa do Alasca.

A Kulluk estava sendo rebocada ao porto de Seattle para manutenção quando foi atingida por uma tempestade no dia 31 de dezembro. A linha de reboque foi rompida, que que fez com que a plataforma ficasse à deriva e atingisse a costa. A sonda estava sendo usada na exploração de petróleo no Mar de Beaufort.

Moradores da região estão preocupados com problemas durante a próxima temporada comercial de pesca e tradicionais eventos, disseram autoridades locais e estaduais. Outra preocupação é a vulnerabilidade de um local próximo que é importante para o povo nativo da região de Alutiiq, segundo as autoridades.

Esse é o momento para a Shell entender que explorar petróleo no Ártico é inviável.

Nós podemos ajudar o Greenpeace nessa batalha assinando e compartilhando a petição que pede a criação de um santuário internacional no polo norte que irá proteger a região. Um vazamento de óleo nesta região teria efeitos devastadores para esse sensível ecossistema, que já sofre com os efeitos do aquecimento global e redução das calotas polares. Não podemos deixar que mais uma ameaça fique pairando sobre o polo norte.









Raposa do Ártico
Símbolo da campanha polar do Greenpeace

Projeto Verão: praia limpa

Gente, nesse fim de ano quando começam as festas à beira mar e carnaval, vamos cuidar do nosso litoral! Cuide do seu lixo, não deixe-o na areia nem na água. Faça a sua parte! 


Mudança climática deveria estar no topo das agendas governamentais

Ainda assim, com tantos relatórios sendo publicados, mesmo que incertos, muitos países ainda não acreditam e não começaram a se preparar para a elevação dos mares. Isso vai acontecer, mais cedo ou mais tarde. O ideal é estar prevenido qdo o momento chegar, para evitar maiores catástrofes e mortes.
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Nível do mar sobe 60% mais rápido do que o previsto
De acordo com novo estudo, previsão da ONU está muito abaixo da realidade e oceanos serão elevados em um metro até o fim do século
Por: AFP, para IG Último Segundo | Meio Ambiente
Em: 28/11/2012


A elevação do nível do mar provocada pelo aquecimento global tem ocorrido 60% mais rapidamente do que o estimado em 2007 pelo grupo de climatologistas da ONU, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), revelaram cientistas em um estudo que será publicado esta quarta-feira (28).

Atualmente, os mares subiram 3,2mm ao ano, em média, segundo o estudo realizado por três especialistas em clima e publicado no periódico científico Environmental Research Letters. A projeção "mais confiável" do IPCC, em 2007, baseada em dados de 2003, previa uma elevação de 2mm ao ano atualmente.

A nova cifra converge com a ideia amplamente difundida de que o mundo se encaminha para uma elevação do nível do mar de um metro até o fim do século
, declarou Grant Foster, da empresa americana Tempo Analytics, co-autor do estudo.

"Eu diria que um metro de elevação do nível do mar até o fim do século é provavelmente próximo do que se encontraria se você consultasse as pessoas mais informadas" a respeito, disse Foster.

"Em terras baixas, onde você tem um grande número de pessoas vivendo no limite de um metro do nível do mar, como Bangladesh, isto significa o desaparecimento da terra que sustenta suas vidas, e você terá centenas de milhões de refugiados climáticos, e isto pode levar a guerras por recursos e todo tipo de conflitos", acrescentou.


"Para grandes cidades costeiras, como Nova York, provavelmente o principal efeito seria o que vimos com o furacão Sandy. Toda vez que temos uma forte tempestade, você tem uma intensidade maior e isto traz um risco maior de inundações", prosseguiu.

O estudo, chefiado por Stefan Rahmstorf, do Instituto Postdam para a Pesquisa do Impacto Climático (PIK), na Alemanha, mensurou a precisão dos modelos de simulação que o IPCC utilizou em seu Quarto Relatório de Avaliação, publicado em 2007.

Este relatório alertou os governos a colocarem a mudança climática no topo de suas agendas, culminando com a fracassada Cúpula de Copenhague, em 2009, e ajudou o IPCC a conquistar o prêmio Nobel da Paz em 2008.

O novo estudo estabeleceu marcos mais elevados para a previsão do documento sobre temperatura global, destacando que havia "um consenso muito bom" do que está se observando hoje, uma tendência de aquecimento generalizada de 0,16ºC por década.

Mas destacou que a projeção do IPCC para os níveis dos mares estava muito abaixo do que os fatos têm demonstrado.A previsão do painel para o futuro - uma elevação de até 59 cm até 2010 - "pode também estar tendenciosamente baixa", alertou, uma cautela compartilhada por outros estudos publicados nos últimos anos.

Foster disse que a elevação maior do que a projetada poderia ser atribuída ao derretimento de gelo terrestre, algo que era bem desconhecido quando o IPCC publicou seu relatório e permanece obscuro até hoje.

Outro fator seria a incerteza técnica. A projeção do IPCC tinha se baseado em informações entre 1999 e 2003, e desde então tem havido mais dados, que têm ajudado a provar a precisão de radares de satélites que medem os níveis dos mares ao fazer saltar as ondas de radar sobre a superfície do mar.

O Quinto Relatório de Avaliação do IPCC será publicado em três volumes, em setembro de 2013, março e abril de 2014.

O maior arrecife do mundo está sendo dizimado

Barreira de corais à beira do colapso
Em: 02/10/2012
Por: Stephen Leahy, da IPS.

Monterey, Estados Unidos – Em menos de dez anos, pouco, ou nada, restará da Grande Barreira de Corais da Austrália, de 2.300 quilômetros de comprimento, alerta um estudo científico divulgado ontem. A menos que as autoridades australianas tomem medidas urgentes, em uma década permanecerão apenas 10% dos três mil arrecifes que formam a Barreira em águas do leste do país, afirma a pesquisa publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Mais da metade dos corais do arrecife morreram nos últimos 27 anos.

“Estamos perdendo um ecossistema inteiro no sistema de arrecifes coralinos melhor manejado do mundo”, disse Katharina Fabricius, do Instituto Australiano de Ciência Marinha (Aims), coautora do estudo. “Esta é a primeira análise exaustiva de todos os dados destacados na Grande Barreira de Corais”, afirmou à IPS. “Não posso acreditar; é realmente comovente”, declarou Graeme Kelleher, diretor fundador da Autoridade do Parque Marinho da Grande Barreira de Corais, que protege e administra a maior parte deste ecossistema desde 1975. “Se o pessoal do Aims o fez, então deve ser real”, afirmou Kelleher quando a IPS lhe mostrou uma cópia embargada do estudo.

Houve advertências anteriores de que a Austrália estava perdendo uma das sete maravilhas naturais do mundo, atração turística que fatura US$ 6 bilhões anualmente. Este ano a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) anunciou que poderia rebaixar a prestigiosa designação do arrecife de Sítio do Patrimônio Mundial para Sítio do Patrimônio Mundial em Perigo”. Tempestades, brotos de estrelas do mar da variedade coroa de espinhos e esbranquiçamento dos corais são os responsáveis por dizimar o maior arrecife do mundo, afirma o estudo do Aims.


Poderosos furacões, como o Yasi em 2011, prejudicaram este bioma com suas intensas ondas. Entretanto, um impacto maior foi a chuva torrencial que caiu, causando grandes inundações que lavaram da terra grandes quantidades de fertilizantes, pesticidas, dejetos animais e sedimentos, que foram parar no arrecife. Esses resíduos líquidos afetam diretamente o arrecife, e também criam as condições perfeitas para o surgimento da estrela do mar coroa de espinhos, que se alimenta de coral. “As recentes inundações que quebraram a seca golpearam duramente o arrecife”, explicou Fabricius.

As tempestades e seus consequentes resíduos líquidos são diretamente responsáveis por 48% das mortes de corais. As estrelas marinhas coroa de espinhos respondem por 42%, enquanto a descoloração originada por águas muito quentes matam 10%, segundo o estudo intensivo de 214 dos três mil arrecifes da Grande Barreira de Corais. Apenas 3% dos arrecifes levantados resultaram intactos.

Porcentagem das mortes dos corais australianos:
* Tempestades  ............................................................................................. 48%   
* Estrelas marinhas coroa de espinhos ....................................... 42%   
* Descoloração originada por águas muito quentes .....10%  

“Uma única estrela do mar coroa de espinhos pode pôr 60 milhões de ovos, e suas larvas se alimentam do plâncton que se desenvolve a partir dos altos níveis de nutrientes procedentes da terra”, contou Fabricius. Esses nutrientes se originam em boa parte em fontes agrícolas, principalmente na cana-de-açúcar e no pastoreio, destacou. A maior parte da Grande Barreira de Corais se encontra em águas do Estado de Queensland, que é a maior região agrícola da Austrália.

As estrelas do mar coroa de espinhos são uma espécie nativa cuja população explodiu nos últimos 20 anos. Não se conhece nenhuma maneira de controlá-las de modo efetivo. Mergulhadores as matam individualmente, mas é impossível seguir o ritmo delas. A única solução é um manejo de bacias especificamente dirigido a reduzir os níveis de nutrientes em águas costeiras, segundo Fabricius.

“Não podemos deter as tempestades, mas, talvez, possamos deter as estrelas do mar. Se conseguirmos, o arrecife terá maior oportunidade de adaptar-se aos desafios da elevação da temperatura do mar e da acidificação oceânica”, disse John Gunn, presidente do Aims. É provável que a investigação do Aims seja criticada na Austrália, embora se baseie no programa de monitoramento de arrecifes mais exaustivo do mundo. “Nossos pesquisadores passaram mais de 2.700 dias no mar e realizamos um investimento da ordem de US$ 50 milhões neste programa”, disse Peter Doherty, pesquisador do Aims.

O novo primeiro-ministro de Queensland, Campbell Newman, ignora as preocupações da Unesco sobre a Grande Barreira de Corais, e seu governo, incluído o ministro do Meio Ambiente, expressou dúvidas quanto aos seres humanos estarem influindo na mudança climática. A IPS informou anteriormente que o governo de Newman busca expandir agressivamente a mineração de carvão e a indústria exportadora, e aprovou a dragagem excessiva para a expansão de portos carboníferos já existentes e para a criação de novos.

Atualmente, cerca de 1.700 navios carregados de carvão navegam pela Grande Barreira de Corais ou em suas proximidades, e esse número subirá para dez mil em 2020, segundo estimativas. E já houve acidentes. Em 2010, o navio Shen Neng, carregado de carvão, pegou um atalho e encalhou no arrecife, deixando uma cicatriz de três quilômetros, um vazamento de petróleo e um rastro de toxinas derivadas de sua pintura anti-incrustante.


Gigantescos navios-tanque para gás natural liquefeito também chegam à Grande Barreira de Corais. E Queensland aprovou centenas de locais para perfuração, incluídas operações de fratura hidráulica para aproveitar os depósitos de gás de carvão (também conhecido como metano do leito de carvão).

Para o centro de Queensland foi proposta a criação processadoras de gás natural liquefeito com instalações portuárias. No porto de Gladstone já acontece uma dragagem extensiva, e o ministro do Meio Ambiente da Austrália aprovou lançar no oceano milhões de toneladas de material dragado dentro das fronteiras do Parque Marinho da Grande Barreira de Corais.

A Barreira poderá se recuperar se for adequadamente protegida, mas sua reabilitação consumirá de dez a vinte anos, disse Hugh Sweatman, coautor do estudo do Aims. Este ecossistema obter o espaço que precisa para respirar e se recuperar dos múltiplos ataques, além de se proteger de futuros impactos, está totalmente nas mãos dos australianos.

Via: Envolverde/IPS

Eco faxina



Via: Instituto Eco Faxina
O conceito de se "tornar verde" começa "vivendo o azul", tomando decisões diárias tendo em mente a saúde dos oceanos.

Ilhas Maldivas rumo à Austrália



Por causa do aquecimento global, população das Ilhas Maldivas poderá se mudar para a Austrália
Em: 16/01/12
Por: Marina Franco para revista Superinteressante

Hã? Isso mesmo, em breve a população das Maldivas estará de mudança. Os 350 mil habitantes terão de fazer as suas malas para passar a viver na Austrália, antes que sejam engolidos pelos mares do Oceano Índico. Pelo menos é o plano do presidente Mohamed Nasheed para a sobrevivência do seu povo.

Nasheed anunciou recentemente que pretende criar um fundo para arrecadar dinheiro para comprar terras e bancar a mudança, quando o aumento do nível do mar – que ocorre por conta da crescente temperatura do planeta – for tamanho que inundará todo o país. Os recursos virão da receita turística das mais de mil ilhas paradisíacas que formam o arquipélago.

Segundo as melhores estimativas da ONU, o nível do mar aumentará entre 28 e 28 cm até o final do século XXI. “Está se tornando cada vez mais difícil sustentar as ilhas em seu estado natural”, declarou ao jornal Sydney Morning Herald.

Achou loucura? Pois não se trata de ficção científica, pelos cálculos do presidente a mudança será necessária daqui a, apenas, 20 anos. Outros países próximos com cultura semelhante, como a Índia e o Sri Lanka, também são considerados, apesar de Nasheed ainda não ter conversado oficialmente com nenhum deles.

Será a melhor solução para as Ilhas Maldivas?

Jubarte em Ilha Bela


Semana passada um grupo de sortudos que navegava nas águas do litoral norte de São Paulo, foi surpreendido por uma baleia jubarte.
O video tem quase quatro minutos e mostra o mamífero aquático se deslocando em alto mar, nas proximidades da Ilha Vitória, em Ilha Bela (a 30 quilômetros do continente). Três saltos da baleia são flagrados pelo grupo e mostrados no video, que teve mais de 14 mil acessos no You Tube.
Presente em quase todos os oceanos do planeta, a baleia-jubarte é uma espécie é protegida por lei. Assistam e se emocionem! Não é sempre que nos deparamos com tamanha beleza e surpresa nos mares!


Recorde em reciclagem

O fato é que a reciclagem aumentou somente após a prefeitura ter instalado 67 contentores nas praias.  
É claro que a conscientização da população tem aumentado gradativamente, mas as pessoas que querem participar mais ativamente, esbarram no poder público que precisa se comprometer junto, oferecendo formas de coleta e recicle.
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Santos bate recorde em reciclagem de lixo
Cidade recicla metade do lixo não-orgânico que produz
Em: 11/01/12 
Do Metro Santos - Band.com.br

Santos, litoral de São Paulo, bateu recorde na reciclagem de lixo em dezembro. Foram 565,45 toneladas, um aumento de 125,31 toneladas ante o mesmo período de 2010. De acordo com a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), a média é de que a produção de lixo nas cidades seja composta de 70% de lixo orgânico e 30% de lixo reciclável.

"Em Santos estes números atingem 50%, ou seja, das 15 mil toneladas de detritos produzidas por mês na cidade 7,5 mil são recicladas, um índice acima da média preconizada pela Abrelpe, que é de 30%", disse o secretário do Meio Ambiente, Fábio Nunes.

Segundo ele, o aumento na reciclagem deve-se à conscientização. “Há quatro meses foram colocados nas praias 67 contentores para lixo. O aumento vem exatame.

O reflexo disso é uma diminuição da demanda de varrição da faixa de areia.  Para o biólogo Orlando Couto Jr., professor do curso de Ciências Biológicas da Unisanta, os números são positivos. "Quanto mais lixo for reaproveitado, menos espaço vai ocupar em sua destinação final. Além disso, gera emprego e renda. Outro ponto é o fato de diminuir o uso dos recursos naturais, como a água".

Drama da baleia franca encalhada em SC


Ô dó! Ontem saiu no Uol essa notícia da baleia Franca encalhada em Florianópolis e hj já sabemos que conseguiram libertá-la.
Vejam abaixo as duas matérias!
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Baleia encalha em praia de Florianópolis, em SC
07/09/2011
AE | Agência Estado


São Paulo - Uma baleia Franca, segunda espécie de baleia mais ameaçada do planeta, foi encontrada na manhã de hoje na praia do Pântano do Sul, em Florianópolis, em Santa Catarina. O animal, com cerca de dez metros de comprimento e pesando seis toneladas, estava encalhado, porém sem sinais de ferimentos.

Os bombeiros chegaram ao local por volta das 8h30 para tentar desencalhar a baleia. Durante o dia, com a ajuda da Polícia Militar e de pescadores da região, foram feitas duas tentativas para desencalhar o mamífero. Ambas sem sucesso. Biólogos do Instituto Chico Mendes também estiveram no local.


Na primeira tentativa, apenas um barco foi utilizado. Na segunda, havia três barcos empenhados na operação, mas a força das embarcações não foi suficiente para remover a baleia. Amanhã, haverá reforço de um rebocador da Marinha. Segundo a Polícia Militar Ambiental, uma nova tentativa de remoção será feita por volta do meio-dia, quando a maré estará alta.

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Equipe de resgate consegue libertar baleia encalhada em praia de Florianópolis
08/09/2011
Por: Diário Catarinense / Ambiente

Terminou hoje a tarde o drama do animal que estava preso em banco de areia da Praia do Pântano do Sul desde quarta-feira (07/09).

Uma baleia franca juvenil estava encalhada na Praia do Pântano do Sul, em Florianópolis, desde a madrugada de quarta-feira. O animal se prendeu a um banco de areia e precisou ser rebocado por uma embarcação da Marinha para voltar a nadar em liberdade.

O mamífero foi avistado por um pescador às 6h de quarta. Às 10h, chegaram os primeiros ambientalistas para o resgate. Mas no decorrer do dia todas as tentativas de remoção do animal de seis metros de comprimento falharam.

Nesta quinta, a equipe de resgate usou a mesma técnica: amarrou cordas no corpo do animal e o puxou com uma embarcação; a diferença é que, na nova tentativa, o grupo usou uma embarcação mais potente e a maré estava cheia.

Centenas de pessoas acompanharam o resgate, e muita gente ficou emocionada ao ver a baleia nadando outra vez. A espécie vem ao Litoral de SC nesta época do ano para ter filhotes.




Fotos: Grupo RBS para o Diário Catarinense

Greenpeace | Baleias nadam em óleo na porta de petroleira

Greenpeace protesta contra exploração de petróleo em Abrolhos
30/08/11
Por: Flick Greenpeace e Terra Notícias

Ativistas do Greenpeace fazem manifestação na entrada da Torre do Shopping Rio Sul, no Rio de Janeiro, contra a empresa Perenco que não respondeu a uma carta enviada pela organização no dia 26.07.2011 cobrando explicações sobre a exploração de petróleo no entorno do Parque Nacional Marinho de Abrolhos.




Neste arquipélago localizado no litoral sul da Bahia, onde a Perenco tem duas concessões petrolíferas, está o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, uma reserva protegida por ser o local de reprodução das baleias da espécie Jubarte.

A manifestação, que atraiu a atenção de vários trabalhadores e clientes do centro comercial, se prolongou por cerca de uma hora, tempo durante o qual os militantes esperaram em vão ser atendidos por algum representante da companhia petrolífera.



Em comunicado, a organização não governamental pediu que a companhia petrolífera se some a uma moratória de 20 anos da prospecção de petróleo em uma área de 93 mil quilômetros quadrados em Abrolhos pelo perigo que essas atividades representam para a fauna e a flora da região.

Segundo os ecologistas, as baleias Jubarte, mamíferos ameaçados de extinção, são uma das espécies que mais podem ser afetadas por possíveis acidentes ou vazamentos de petróleo.

"Devido ao histórico de acidentes com prospecção de petróleo em alto-mar no mundo, está claro que não existe segurança total. A Perenco sabe disso, mas se omite da responsabilidade de renunciar a suas atividades em uma região de alta prioridade para a biodiversidade brasileira", afirmou Leandra Gonçalves, coordenadora da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace no Brasil.


Fotos: Greenpeace/EVE/Marizilda Cruppe

Sustentabilidade em Jericoacoara

De olho na preservação
Nativos e visitantes da vila de Jericoacoara participaram de evento que reuniu oficinas, lazer e preservação ambiental
Em: 03/08/2011 
Por: Iracema Sales (para o Diário do Nordeste / Negócios)

Promover a sustentabilidade em Jericoacoara, praia localizada a 287 km de Fortaleza, litoral Oeste, que até os meados dos anos 1980 era uma vila de pescadores, não constitui tarefa fácil. Apenas a vila concentra cerca de 2.500 pessoas do total de 17 mil habitantes do município de Jijoca de Jericoacoara. No entanto, a população flutuante da então vila de pescadores - que integra área do Parque Nacional criado em 2002 -, o que impõe algumas restrições ao seu uso e ocupação, pode chegar a 30 mil nos meses de julho e agosto. A acomodação dos visitantes, cuja média de permanência no local é de dois dias, é feita nos cerca de 170 postos de hospedagem existentes.



Problemas e soluções
O cenário paradisíaco e, ao mesmo tempo, multicultural da vila de Jericoacoara apresenta problemas que vão desde apagões, insegurança e falta de saneamento. Prova disso é a produção de lixo - estimada em 400 toneladas/mês, como afirma Roberto Lima, turismólogo, morador da vila há 14 anos, onde coordena o projeto Vassouras Ecológicas, feitas com garrafas PET.

Ele apresentou o trabalho no o "Projeto Jericoacoara, 24 horas de Ecologia" realizado no último fim de semana (30/07), na sede do Club Ventos. O evento constou de oficinas e palestras com especialistas em soluções sustentáveis capazes de possibilitar a economia de água, energia e aproveitamento de materiais recicláveis como o plástico. O objetivo do evento era discutir os problemas ambientais com a comunidade local, como o destino final ao lixo.

Reciclagem
Roberto Lima explicou que o projeto das vassouras com garrafas PET é desenvolvido pela Secretaria de Turismo e Meio Ambiente do Município. Embora esteja em fase de implantação, acredita na sua viabilidade como forma de trazer ocupação para a comunidade nativa e proporcionar geração de renda.

Com relação ao saneamento, afirma que toda a vila de Jericoacoara conta com o serviço, lamentando que apenas 35% das casas estejam ligadas. Existe a rede complementar, sendo enviados os resíduos sólidos para serem tratados em Fortaleza. A parte líquida, após passar por tratamento, é usada nos coqueiros. A conscientização deve passar tanto pelos nativos quanto pelos visitantes, diz, explicando que o município já teve coleta seletiva, atribuindo a "questões políticas" o seu fim.

Jericoacoara não conta com rede elétrica pública, possuindo sistema elétrico subterrâneo. As quedas de energia são constantes devido ao alto consumo, principalmente, na alta estação turística. A saída para contornar os problemas ambientais é investir na educação, recomenda um dos convidados do evento, o biólogo Richard Olivier Laveder, trabalha na área de sustentabilidade ambiental há mais de 20 anos. Seu trabalho consiste na transferência de tecnologias de países escandinavos, Estados Unidos, França, Austrália, Canadá, entre outros, para o Brasil.

Na palestra, apresentou os mictórios sem água e os vasos sanitários eficientes. O biólogo, formado pela Pontifícia Universidade de Campinas (PucCamp), defende a compostagem como uma forma de diminuir a produção do lixo doméstico, apostando nas soluções simples bem no estilo cada um deve fazer a sua parte.




Economia de água
O biólogo atenta para a importância da economia de água, citando o uso do sistema de descarga sanitária por pressão Flusmate Sloan IV, tecnologia de descarga por pressão auxiliar que utiliza o ar comprimido no interior de uma caixa de descarga selada para empurrar os resíduos para fora. Nesse sistema, a ação do sifão ou de uma unidade de gravidade é substituída pelo ar comprimido, que força a água para fora da bacia. Com a tecnologia por pressão, o consumo pode chegar a apenas a 20 litros por dia. "Nosso foco é água e energia", pondera o biólogo, reconhecendo os riscos de doenças. Ações simples podem diminuir problemas de esgotos, que podem ser separados.

No entanto, no Brasil e em muitos países do mundo, não existe a separação dos esgotos. Na Austrália, afirma que a separação já é uma realidade. "Por que contaminar toda a rede?", Indaga, explicando que os resíduos que saem do sanitário podem ser enviados para uma estação e tratados.

Laveder é incisivo ao afirmar que "só se resolve problema de esgoto localmente". Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Cingapura estão na frente quando o assunto é tratamento de esgoto, enquanto França, Inglaterra e Estados Unidos estão atrás. Defende que o governo precisa subsidiar a pesquisa para que os cientistas desenvolvam novas tecnologias.

Considera como lição número um, quando o assunto é economia de água e sustentabilidade, a diminuição e o tratamento do esgoto primário. "No Brasil, a maior parte do lixo produzido é de material orgânico".




Aquecedor solar
O técnico em eletromecânica da linha automotiva, José Alcino Alano, de Santa Catarina, demonstrou o aquecedor solar feito a partir de garrafas PET e tubulação. "É uma alternativa e uma forma de incentivar o uso do aquecedor solar", explica o seu criador, que patenteou seu invento, ganhando o prêmio Super Ecologia de 2004.

Confeccionado por módulos, o equipamento é instalado sobre o telhado. A água entra pela tubulação e no interior das garrafas onde ocorre o aquecimento, atingindo toda a água da caixa. O projeto do aquecedor solar tem o caráter também de socialização.

Destinação
400 toneladas de lixo são produzidas mensalmente na vila de Jericoacoara. A localidade já teve coleta seletiva, que foi desativada por questões políticas, segundo moradores.



Fotos: Google

Recicle seu óleo usado!

Parceria vai reaproveitar óleo de cozinha
A estimativa é que sejam produzidos, mensalmente, cerca de 120 litros de sabão líquido e sólido, feitos a partir do reaproveitamento do óleo de cozinha utilizado nos quartéis
Correio do Estado, 02/08/2011

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) inicia oficialmente dia 03/08, quarta, uma parceria com o Exército em Dourados, com o objetivo de reaproveitar o óleo de cozinha utilizado pelos militares para a produção de sabão.

Por meio de um trabalho desenvolvido pela técnica do laboratório de Química da UEMS, Jane Santos Brito, a estimativa é que sejam produzidos, mensalmente, cerca de 120 litros de sabão líquido e sólido, feitos a partir do reaproveitamento do óleo de cozinha utilizado nos quartéis. O litro do sabão produzido com o óleo reaproveitado custará, em média, 20 centavos.

A iniciativa de encontrar um descarte adequado para o óleo, que antes teria como destino o lixo, partiu do tenente Marlon Santaela. O oficial procurou a Universidade no dia 11 de julho e, em menos de uma semana, os militares receberam a primeira amostra do material de limpeza reciclado.

De acordo com a coordenadora do curso de Química Industrial, Marcelina Solaliendre, o projeto de reaproveitamento do óleo de cozinha pela Universidade está começando através da parceria com os militares, mas poderá expandir futuramente. “Nós poderíamos, por exemplo, utilizar esse material de limpeza nas próprias unidades da UEMS, barateando os custos empregados nestes produtos”, afirma Marcelina.

Para a coordenadora, inicialmente o óleo dos próprios quartéis de Dourados será reaproveitado, mas um segundo passo é que os familiares dos militares também passem a enviar o óleo utilizado em suas casas para o reaproveitamento. [fim da matéria]


A reciclagem do óleo já é praticamente uma realidade em nosso dia a dia, muitas pessoas já criaram o hábito de não jogar o material pelo ralo da pia.

O óleo de cozinha que vai para a pia, acaba indo para rios e mares e o contato do óleo com á água do mar causa uma reação que libera um gás chamado metano. E o metano é um dos principais gases que causam o efeito estufa, que contribui para o aquecimento da terra. Vários estudos já foram realizados comprovando essas informações. Um litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água, que seria o suficiente para uma pessoa usar durante 14 anos!
Veja abaixo uma receita básica de como utilizar seu óleo usado para fazer sabão:



Receita para fazer sabão a partir do óleo de cozinha
Material
5 litros de óleo de cozinha usado
2 litros de água
200 mililitros de amaciante
01 quilo de soda cáustica em escama

Preparo
Coloque a soda em escamas no fundo de um balde cuidadosamente. Coloque, com cuidado, a água fervendo. Mexa até diluir todas as escamas da soda.
Adicione o óleo e mexa. Em seguida, adicione o amaciante e mexa novamente.
Jogue a mistura numa fôrma e espere secar. Corte o sabão em barras do jeito que desejar.


Atenção: A soda cáustica pode causar queimaduras na pele. O ideal é usar luvas e utensílios de madeira ou plástico para preparar a mistura.

Campanha de reciclagem de óleo em Porto Seguro


Fotos:
     1 - Blog Juntos 2010
     2 e 3 - Google
Link da Receita aqui.

Os recifes de corais e a emissão de gases

A cada dia mais informações são publicadas relacionando problemas com a biodiversidade ocasionadas pela grande quantidade de emissão de gases na atmosfera. Muito tem se discutido, mas pouco tem sido feito.

Recifes de corais agora podem desaparecer com oceanos mais ácidos. É a "acidificação" dos oceanos, que é o resultado de maior concentração de CO2 na atmosfera. Cientistas alegam que o ecossistema pode ser impactado ainda neste século de acordo com uma pesquisa feita por cientistas dos EUA, Austrália e Alemanha.

Um recife de coral suporta uma enorme variedade de vida, totalmente dependente de fontes de energia para sua sobrevivência, crescimento e reprodução. É um lugar onde encontramos alta produção primária, assim como alta ingestão de nutrientes e de onde ele executa uma constante reciclagem na comunidade oceânica.


Segundo a pesquisa, a acidificação dos oceanos é um fenômeno que reduz o pH das águas devido ao aumento do CO2 atmosférico. E isso pode reduzir a diversidade e a capacidade de recomposição de recifes de corais.

Os cientistas verificaram várias espécies de ecossistemas localizados perto de três infiltrações vulcânicas, que emitem naturalmente o CO2 no fundo do mar. Com isso, eles puderam entender melhor como acontece esse impacto e detalharam os reflexos de uma exposição maior dos recifes de corais a altos níveis de CO2 na atmosfera. Um evento como esse, pode acontecer até o final deste século e tornaria os oceanos mais ácidos.
O estudo mostra também, algumas mudanças na composição das espécies de corais e na redução da biodiversidade.


De acordo com o 4º Relatório de Avaliação do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), é estimado que até o final do século, o pH dos oceanos diminuirá dos atuais 8,1 para 7,8 devido ao aumento das concentrações atmosféricas de CO2. A pesquisa alerta que caso o pH oceânico baixe para menos que 7,8 haverá uma queda considerável no desenvolvimento dos recifes de corais e eles podem até mesmo desaparecer.


Fonte: G1 Natureza
Fotos: Google