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É preciso jovens mais ativos

O jovem precisa se preparar para o futuro e ter maior participação nos movimentos globais. A juventude brasileira não tem ocupado o espaço da maneira que poderia.
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Como – e por que – viabilizar a participação da juventude brasileira em conferências internacionais?
Em: 09/10/13
Por: Raquel Rosenberg e Laura Jungman para o Envolverde


As conferências internacionais parecem estar muito distantes de nosso dia-a-dia, porém durante tais encontros são debatidos relevantes temas contemporâneos, que influenciam a forma como os países gerem suas políticas nacionais.

Para permitir que diferentes interesses estejam representados, a ONU garante espaço para que, além dos governos, a sociedade civil possa participar e apresentar seus pontos de vista. A juventude é um desses grupos e a ONU a vê com particular importância para as negociações. Isso porque, além de um grupo de interesse, os jovens serão os principais afetados no futuro  pelas decisões que estão sendo feitas no presente.

Porém, ainda que esse espaço exista, a juventude brasileira não o tem ocupado da maneira que poderia. Durante a Rio+20, ficou claro que há uma enorme quantidade de jovens interessados, motivados a tomar parte nessas conferências mas, desorientados pela falta de conhecimento e de informação de como participar, não encontram o espaço devido para sua inserção. Daí a proposta do Engajamundo – empoderar os jovens brasileiros, ampliar e fortalecer a participação nestes espaços. O objetivo da organização é abrir um caminho para permitir que a juventude participe ativamente das conferências internacionais, monitorando também o cumprimento dos tratados firmados pelo governo.

Desde a sua criação, após a Rio+20, o Engajamundo tem se articulado com jovens e organizações brasileiras e internacionais e atuado em processos como o Pós-2015, no qual realiza consultas aos jovens brasileiros sobre quais são suas prioridades após o fim do prazo dos Objetivos do Milênio. Além disso, tem o objetivo de mapear e monitorar os compromissos que o governo brasileiro sela no exterior, e saber se tais compromissos estão sendo colocados em prática no país.

Em novembro, ocorrerá a 19ª Conferência sobre o Clima da ONU em Varsóvia, Polônia, sobre questões relativas às mudanças climáticas, no qual o Engajamundo pretende participar enviando jovens pela primeira vez. A participação na COP-19 seria, portanto, um primeiro desafio para informar, capacitar e engajar os jovens nestas conferências. A partir dessa experiência, será aberto um canal para que mais jovens possam se envolver com negociações internacionais dos mais diversos temas, conscientizando-os de seu papel como cidadãos brasileiros e globais.

A importância de estar presente é tamanha para o Engajamundo que a preparação para a conferência já dura alguns meses. Um material de capacitação sobre as negociações internacionais foi desenvolvido e ficará disponível em nossos canais de comunicação para todos os interessados. Além disso, durante o mês de outubro ocorrerão encontros de capacitação abertos e gratuitos em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte, também transmitidos online. Tais eventos são importantes para preparar jovens que pretender acompanhar essas negociações, seja presencialmente ou daqui do Brasil, e lhes informar sobre quais os espaços que podem ser ocupados e as formas de agir nos mesmos. Em São Paulo, o evento será aberto para todos os interessados e ocorrerá na sede da Revista Viração, rua Augusta 1239, no dia 12 de outubro, às 14h.

A organização é a primeira brasileira a fazer parte da YOUNGO, a Coalizão de ONGs de Juventude ligadas às negociações climáticas, além já ter estabelecido parcerias com organizações correspondentes em outros países, como a SustainUS (EUA), a UKYCC (Reino Unido), EYCM (Europa), AYCC (Austrália), CYCAN (China), CNYCCC (Congo), Project  Survival (Ilhas Fiji), CliMates (França), entre outros. Além de buscar participar da conferência de 11 à 22 de Novembro, o Engajamundo também está envolvido na preparação da COY, a Conferência de Juventude que ocorre quatro dias antes e reúne e organiza os jovens para defenderem de forma efetiva seus pontos de vista no encontro oficial.

A escolha da COP19 como primeira conferência para a participação do Engajamundo não foi por acaso, visto que as questões climáticas sintetizam os principais desafios nas negociações internacionais, pois requerem uma solução com a qual todos precisam cooperar. Além disso, são os jovens de hoje que serão os tomadores de decisão dentro de algumas décadas, quando a mudança climática terá se tornado uma questão de ainda maior relevância.

Para além da conferência, o Engajamundo pretende manter um trabalho contínuo ao longo do ano de cobrar o governo brasileiro para ter uma atitude condizente com o que se comprometer em novembro na Polônia.

Os outros principais temas de trabalho da organização – desenvolvimento social e gênero e direitos sexuais e reprodutivos – também têm um papel definido na agenda. Analogamente, a organização buscará alinhar a posição da juventude brasileira nesse temas e apresentá-la nas respectivas conferências no próximo ano.

A dificuldade de conseguir fontes de recursos para viabilizar a participação da juventude, não só brasileira, mas do mundo inteiro, ainda é a principal barreira para aumentar de fato o número de jovens presentes nas negociações internacionais. É justamente por isso que o Engajamundo se propôs a procurar alternativas para viabilizar a participação de sua delegação, utilizando-se de uma plataforma de financiamento coletivo (mais conhecida como crowdfunding) para que consiga levar a voz da juventude brasileira à COP-19, na Polônia.

O financiamento coletivo, além de ser uma proposta inovadora para solucionar problemas de financiamento como este, também permite o envolvimento indireto daqueles que acreditam na iniciativa, mas não têm condições de trabalhar diretamente com a organização. Fica a dica para aqueles que querem contribuir de alguma forma para abrir mais esta porta para a juventude brasileira.


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* Raquel Rosenberg e Laura Jungman são coordenadoras do Engajamundo, uma organização de liderança jovem que acredita no poder da juventude para superar os desafios contemporâneos e busca aproximar os jovens brasileiros das conferências internacionais.



O buraco tá menor

Buraco na Camada de Ozônio é o menor em 20 anos
Por: Consciência Ampla


Boa notícia: de acordo com a Agência Americana Oceanográfica e Atmosférica (NOAA), em 2012, o buraco na camada de ozônio esteve menor do que nos últimos 20 anos – a superfície média foi de 17,9 milhões de km².  Em duas décadas, o maior buraco já registrado foi em 2000, com 29,9 milhões de km².

Os cientistas afirmam que o buraco na camada de Ozônio, que filtra os raios ultravioletas do Sol, começou a se formar na década de 1980. E o grande agressor pode estar na sua casa: o CFC - clorofluorcarbono, substância utilizada em sistemas de refrigeração e em aerosois.

Recentemente, com a execução do Protocolo de Montreal, a produção de CFC foi praticamente reduzida a zero. Mas ele ainda está presente em geladeiras e aparelhos de ar condicionado antigos, por exemplo.


Trocando a geladeira antiga por uma novinha em folha

Para tirar o CFC na atmosfera e contribuir para a redução do consumo de energia, o Consciência Ampla Eficiente realiza Trocas de Geladeiras em residências atendidas pela Ampla.

O programa, que foi destaque na Conferência do Clima de Copenhague (COP-15), já trocou mais de 45 mil geladeiras de famílias de baixa renda. Para ser beneficiado, o candidato deve estar cadastrado na Tarifa Baixa Renda.

COP15

350.org

Caros amigos,
Precisamos que leiam isto com atenção, por favor.
Vocês se habituaram a que nós falássemos a verdade, e seria inútil fingir que estamos satisfeitos com o resultado das conversações de clima de Copenhague.
É provável que você ouça contar o drama de Copenhague de mil formas diferentes, mas aqui vai a nossa opinião sincera sobre isso: os nossos líderes foram uma decepção, e as conversações terminaram sem que se tenha chegado a qualquer espécie de acordo justo, ambicioso, ou vinculativo. Não fica claro se o fraco "acordo" que veio a público hoje cedo irá constituir uma plataforma forte o suficiente para proporcionar o tipo de ação que vai ser necessária em 2010 e para além disso.
Isto não quer dizer que vocês falharam. Muito pelo contrário, o movimento que vocês construíram por todo o mundo tornou possível que todos vissem as questões científicas que estão em causa. Em Copenhague, ocorreu inúmeras vezes de vermos delegados da ONU conversando com alguém que usava uma camiseta da 350, com palavras de admiração e de gratidão. Disseram-nos repetidamente o quanto este movimento alterou tanto o tom dando substância nas negociações.
Pela primeira vez, desde que começaram estas conversações de clima, há quase 20 anos atrás, um movimento de cidadãos fez com que fosse muito mais difícil para as grandes potências simplesmente imporem a todos os outros um acordo fraco - é por isso que os EUA, a China e a Índia tiveram de fazer o seu próprio acordo entre eles. Muitos pequenos países, países pobres e países vulneráveis simplesmente se recusaram a se deixar levar sem luta para um pacto suicida - pois eles sabiam que 350 equivalia à sobrevivência.
De fato, este mesmo cântico - "Three-Five-Oh...Sur-vi-val!" ("Três-Cinco-Zero… So-bre-vi-vên-cia!") se ergueu espontaneamente acima da multidão de centenas de pessoas que se reuniram ao frio à uma da madrugada, na estação de metro à porta do Bella Center, onde as conversações estavam ocorrendo em Copenhague. Durante dias não tiveram permissão para entrar no Centro - na última noite eles resolveram ficar à porta para entregar o veredito dado pelo movimento: isto não basta, isto não está terminado, e nós estamos testemunhando um monumental fracasso em termos de liderança.
Este fracasso não pode ser admitido. Se trata do nosso futuro, do futuro de todos os lugares da terra e de todas as pessoas das gerações futuras. Por isso vamos todos juntos, nas semanas e meses que se seguem, descobrir como construir um movimento mais forte, um movimento que ponha este planeta de volta para onde ele precisa estar. Nas semanas que se seguem, vão ter notícias nossas, com novas idéias, e se você tiver alguma idéia também por favor a partilhe conosco através do e-mail organizers@350.org.

Estamos nos aproximando de um período de festas numa boa parte do mundo, e quando o novo ano amanhecer não será nada daquilo que a gente tinha esperado. Mas estamos confiantes, e essa confiança vem de vocês. Em todos os cantos do mundo, em lugares frios e quentes, ricos e pobres, Muçulmanos e Cristãos e Hindus e Budistas e Judeus e outros que não são nenhuma destas religiões, partilhamos uma mensagem: 350 é igual a sobrevivência, e nada nos vai parar até chegarmos lá.
Aqui vamos nós.
A equipe da 350.org
P.S. - Para o caso de você estar se sentindo um pouco desanimado, aqui fica uma seleção especial de fotos que a nossa amiga Shadia compilou depois do Dia de Ação de 24 de Outubro, com o nome "350 Cute." Elas nos lembram pelo que estamos lutando...


Maldivas

Helsínquia, Finlândia


Iémen


Para ver toda a seleção, (uma incrível coleção com mais de 250 fotos), clique aqui www.350.org/cute

COP 15

Há muito o que fazer...

"Ao encerrar a COP-15, no sábado, dia 19 de dezembro, a Coordenação da Campanha TicTacTicTac divulgou para os seus parceiros e para o público e a mídia em geral nota com balanço da COP-15, alinhada com o posicionamento da Campanha global TckTckTck. Com o título “Há muito por fazer!”, a nota enfatiza que a Conferência em Copenhague não chegou a um tratado justo, ambicioso e legalmente vinculante que milhões de pessoas por todo o planeta exigiram. Mas, ao mesmo tempo e se referindo aos milhares de eventos, manifestações e demais mobilizações da sociedade civil durante os Dias de Ação em 2009 envolvendo milhões de pessoas ao redor do mundo, reconhece que “é impossível não sentir uma enorme esperança, vendo um movimento que cresceu tanto, tão rápido”. A nota destaca, também, a grande importância da mobilização da Campanha TicTacTicTac e de seus parceiros na definição da posição adotada pelo Brasil na COP, sintetizada no discurso e nas ações do presidente Lula durante a COP. A Campanha demanda aos líderes mundiais que falharam em Copenhague que terminem as negociações e, ao mesmo tempo, declara que “também nós, a sociedade civil global, temos muito que fazer, para manter a pressão e ampliar a mobilização pelo que queremos e precisamos.”

COP 15 - morrer na praia?

Cúpula do clima de Copenhague termina sem acordo unânime
19/12/2009 - 08h17
Folha de São Paulo


Terminou em completo desacordo a conferência mundial do clima, em Copenhague. Depois de horas de discussão, os 193 países encerraram a fracassada negociação ao "tomar nota" do acordo que havia sido aprovado, ontem (18), por Estados Unidos, China, Índia, Brasil e a África do Sul. Isso significa, segundo especialistas, que o acordo não teve a unanimidade de que precisava para vigorar, mas que, ainda assim, pode ser aplicado. 
Pelas regras da ONU (Organização das Nações Unidas), um acordo precisa de unanimidade para vigorar. Neste caso, no entanto, essa unanimidade exigia a conciliação de interesses de países exportadores de petróleo com os de ilhas tropicais preocupadas com as elevações do nível do mar --o que, afinal, se mostrou impossível.
Ontem (18/12), durante todo o dia, os chefes de Estado realizaram reuniões para tentar chegar a um acordo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encarnou o papel de mediador entre os ricos e os emergentes e recebeu, em seu hotel, Nicolas Sarkozy (França), Angela Merkel (Alemanha) e Gordon Brown (Reino Unido), além do premiê chinês, Wen Jiabao.
O brasileiro também pôs na mesa a possibilidade de "dar dinheiro" para o fundo que ajudaria países em desenvolvimento a adotar medidas pelo clima. "Estamos dispostos a participar do financiamento se nós nos colocarmos de acordo numa proposta final, aqui." Não funcionou. Por fim, tentou conciliar os gigantes poluidores, Wen e o americano Barack Obama, na busca de uma linguagem adequada para atender aos dois antagonistas, no texto final. À noite, todos os líderes deixaram Copenhague visivelmente insatisfeitos, embora com a certeza do acordo.
Durante a madrugada, o diálogo só piorou. O texto pré-aprovado por, no total, 30 países ricos, emergentes ou em desenvolvimento, foi barrado por países como Tuvalu, Venezuela, Bolívia, Cuba e Sudão, para quem a adoção de um acordo com o qual não tinham colaborado não era uma opção. Houve intensos debates.
Já neste sábado, o presidente da Conferência, o primeiro-ministro dinamarquês Lars Lokke Rasmussen, fez uma pausa de algumas horas na sessão, para consultar com os advogados uma possível saída. O meio encontrado foi a "tomada de nota" que, de acordo com o diretor da ONG Union of Concerned Scientists (União dos Cientistas Preocupados, em inglês), Alden Meyer, significa que "há status legal suficiente para que o acordo seja funcional, sem que seja necessária a aprovação pelas partes".
O acordo pré-aprovado - que Obama definiu como "insuficiente"- trazia como metas limitar o aquecimento global a 2ºC e criar um fundo que destinaria US$ 100 bilhões todos os anos para o combate à mudança climática --sem nenhuma palavra sobre metas para corte em emissões de CO2, a grande expectativa da cúpula, que era pra ser a maior do século.
O desacordo levou algumas delegações a afirmar que o impasse na cúpula do clima estava próximo do da rodada Doha. Um integrante da delegação sudanesa comparou políticas dos países desenvolvidos ao Holocausto, dizendo que o aquecimento global está matando gente na África.
Já ontem, diante do inevitável fiasco de Copenhague, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, convocou uma nova reunião para Bonn, na Alemanha, em junho. A próxima COP está marcada para dezembro de 2010 no México.

COP 15

COP 15


Redd poderá ser a grande conquista de Copenhague 
10/12/2009 - 11h12
Por Reinaldo Canto, especial para a Envolverde

Em entrevista exclusiva para a Envolverde, direto da COP-15, Virgilio Viana, diretor-geral da Fundação Amazonas Sustentável afirmou que a adoção da Redd em Copenhague será a oportunidade histórica de se salvar a floresta amazônica. Além disso, afirma Virgilio, é uma maneira de, “melhorar a qualidade de vida e erradicar a pobreza dos povos amazônicos”.

Virgilio explicou que um dos principais nós da conferência é buscar uma fórmula de inclusão de todos os países. Os Estados Unidos que eram o principal ausente, agora colocaram em sua legislação a questão das florestas que, por sua vez, não fez parte da convenção anterior em Kyoto. “E o que nós temos trabalhado nos últimos anos é para a inclusão do carbono florestal que nada mais é do que o desmatamento evitado e conhecido pela sigla Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) e hoje nós estamos colhendo aqui os resultados desse trabalho de uma forma muito significativa” disse o diretor da FAS.

Segundo ele, a partir da Carta dos Governadores ao Presidente da República que estabeleceu uma força-tarefa envolvendo presidência, ministérios e 8 governos estaduais chegou-se a um relatório que recomendou a mudança da posição histórica do Brasil no sentido de incluir três mecanismos de financiamento do REDD. São eles: financiamento público, financiamento de mercado compensatório e o financiamento de mercado não compensatório. Para Virgilio, esse foi o principal avanço do país nas negociações dos últimos tempos, aliada a meta anunciada recentemente pelo governo federal de redução das emissões entre 36% e 39%.

A partir de agora em que a REDD passou a ser uma questão praticamente consensual dentro das negociações em Copenhague, o desafio agora é estabelecer como se dará a sua regulamentação. O objetivo da FAS é conseguir que 10% de todos os investimentos voltados para a redução das emissões de carbono sejam destinados ao REDD. Portanto, uma conquista acompanhada de novos desafios.

*Reinaldo Canto é jornalista, consultor e palestrante, foi Diretor de Comunicação do Greenpeace e Coordenador de Comunicação do Instituto Akatu. BLOG – cantodasustentabilidade.blogspot.com




Material produzido e editado pela Envolverde / Mercado Ético / Carbono Brasil / Rebia / Campanha Tic-Tac / EcoAgência, distribuído para reprodução livre com o apoio da Fundação Amazonas Sustentável.

COP 15

Minc: Brasil fará Pressão por Recursos
09/12/2009 - 01h12
Por: Redação Envolverde

Enquanto os negociadores brasileiros em Copenhague tentam chegar a denominadores comuns para a criação do Fundo Global, que administraria os recursos dos países ricos para “desenvolvimento sustentável dos países pobres”, os três ministros brasileiros mais estratégicos para a negociação do clima, Carlos Minc, do Meio Ambiente, Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, e Sergio Rezende, da Ciência e Tecnologia, discutiam ontem (08/12), em Brasília, as estratégias brasileiras que serão levadas à COP-15.

Ao comentar o encontro, Minc disse que o Brasil pretende fazer uma “grande pressão” para que os projetos das nações emergentes para redução de gases de efeito estufa sejam também beneficiados com recursos públicos das nações ricas. Não disse como fará essa pressão, até porque já está certo que as metas brasileiras de reduções serão transformadas em lei.

“Vamos dizer que os recursos que eles estão colocando na mesa são insuficientes, tanto para a redução das emissões quanto para evitar a desertificação e inundações. Não aceitamos isso. Com esses recursos, o problema das mudanças climáticas não fecha”, disse o ministro, garantindo que estará em Copenhague, na semana que vem, com estande do Fundo Amazônia, tentando arrecadar os recursos necessários.

O ministro criticou a postura dos países europeus, que sinalizaram hoje que podem adotar um percentual mais baixo de emissões de gases de efeito estufa. “Os europeus, que falavam em 20% a 30%, estão começando a falar em mais de 20% de corte para permitir que os Estados Unidos entrem com uma menor diferença entre eles. Ou seja, em vez de puxar os Estados Unidos para cima, os europeus querem ir mais para baixo. Seria, para o clima, catastrófico”, ressaltou Minc.

Ele informou ainda que, além dele e da ministra Dilma Rousseff, que chefiará a delegação brasileira na COP-15, devem integrar a comitiva os ministros Sérgio Resende e Celso Amorim, das Relações Exteriores. De acordo com Minc, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá estar na Dinamarca nos dias 17 e 18, nos dois últimos dias do evento.


(Envolverde/ABr)