Parceiro do RJ


Essa é a realidade. A grande massa ainda não tem o hábito de descartar seu lixo corretamente. Muito do lixo que poderia ser reaproveitrado está nos valões, nos rios e nas encostas, gerando problemas ambientais e sociais - já que quando ocorrem enchentes e chuvas, o que vemos é só catástrofe uma atrás da outra.
É necessário um trabalho constante de conscientização e um trabalho parceiro com as Prefeituras, para agilizar o processo da reciclagem e coleta.
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Projeto "Parceiro do RJ" mostra a reciclagem de materiais na Cidade de Deus
Cem pessoas por dia vão ao centro de reciclagem vender latas e papelão. Sete pessoas trabalham na cooperativa de reciclagem da comunidade.
Em: 27/02/2012
Por: G1



O trabalho de reciclagem na Cidade de Deus que os moradores fazem tem feito grande diferença na comunidade. É o que mostra a dupla "Parceiro do RJ" da Cidade de Deus, Viviane Sales e Ricardo Fernandes.

Leonardo Batista de Jesus, de 35 anos, da cooperativa de catadores de matérias recicláveis, explica o que é uma ecobarreira: “A ecobarreira evita que o resíduo sólido se expanda e vá para rios, lagoas e mar. Esse resíduo fica sob nosso controle. Hoje o que se fala no mundo é reciclar: reduzir, reciclar, reutilizar. São os três erres que nós usamos”, diz ele. Na cooperativa, são sete pessoas trabalhando no recolhimento de material reciclado. Tem muita garrafa pet, plástico, lata. Tem tanta coisa abandonada que daria até para montar uma casa. Os parceiros encontraram até sofá e geladeira, além de um ursinho de pelúcia.

Leonardo explica que tira de 3 a 6 toneladas de material reciclado e, segundo contou, quando chove essa quantidade triplica: “O morador tem que se conscientizar que isso volta contra ele, com enchentes transbordando nas casas. O essencial é que se tenha conscientização ambiental”, disse. No centro de reciclagem da Cidade de Deus tem muito ferro, plástico, alumínio, material que ontem estava na casa das pessoas.


Alexandre de Souza Tavares, de 27 anos, do centro de reciclagem da Cidade de Deus, diz que trabalha muito com plástico, ferro e papelão. “O papelão custa R$ 0,10 o quilo; lata, em torno de R$ 1,90 o quilo; ferro, R$ 0,18 o quilo. Vem muita gente trazer material aqui, de 70 a cem pessoas por dia”, explicou ele.

Alberto Nascimento, catador de material reciclável, trabalha há dez anos no ramo e garante que dá para sobreviver de reciclagem. Já Joselino Rocha Oliveira, de 50 anos, catador autônomo, numa carroça puxada pelo cavalo Trovão, sai todos os dias pelas ruas de Jacarepaguá para recolher material reciclado. “É o meu trabalho, há dez anos trabalhando com material reciclado nesse serviço que as pessoas não dão valor. Mas é daqui que tiro o sustento da minha família, é disso que eu pago minhas contas de telefone, internet, tudo com dinheiro daqui”, contou.

Em frente a um condomínio com muitos sacos de lixo na rua, ele se queixa: “A gente tem que meter a mão nesses sacos para recolher o que tem aí dentro. Se as pessoas já separassem o lixo e colocassem em sacos transparentes, a gente não tinha que meter a mão no lixo. O material que as pessoas falam que é lixo, a gente transforma em dinheiro”, disse.

Projeto Parceiro do RJ
Dezoito jovens foram selecionados para formar o Projeto Parceiro do RJ. O grupo foi dividido em nove duplas, que vão representar e mostrar o cotidiano de nove regiões do Rio e Grande Rio. Em comum, seus integrantes querem mostrar não só as mazelas, mas as coisas boas dos bairros onde moram.

Mais de 2.200 pessoas se inscreveram no projeto. Destes, os escolhidos vão mostrar o cotidiano da Rocinha, Copacabana, Tijuca, Campo Grande, Complexo do Alemão, Cidade de Deus, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São Gonçalo.


Imagens ilustrativas: Corbis

3 Deixe aqui sua opinião!:

Yuri Sibucks disse...

DISSE TUDO "Se as pessoas já separassem o lixo e colocassem em sacos transparentes, a gente não tinha que meter a mão no lixo."

Yuri Sibucks disse...

Podemos facilitar o trabalho de quem precisa!

CS Empreendimentos Digitais disse...

Claro, Yuri! É isso mesmo.
A educação começa em casa, por isso é preciso conscientizar a grande massa.

Beijos!!!