Lixo eletrônico dá dinheiro!


Imagine quantas pessoas jogam fora diariamente equipamentos eletrôncos que não funcionam mais? Vc manda consertar, mas não não teve jeito, ou às vezes um novo fica mais em conta do que o conserto. Não há mais nada o que fazer... Então, vai pro lixo. Muitos componentes quando não são devidamente descartados podem poluir o meio onde estão, liberado substâncias químicas.
Porém, muitas pessoas reaproveitam alguns componentezinhos que ainda funcionam e reaproveitam também algumas partes físicas. E muita gente tá ganhando dinheiro com isso...
Cintia
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Empresário ganha dinheiro com lixo eletrônico
O analista de informática João Batista apostou em uma idéia inovadora e montou uma empresa de reciclagem de material eletrônico
Em: 04/11/11
Exame / Negócios

Brasília - A logística reversa consiste em extrair de bens já utilizados insumos para a produção de novos produtos. Essa é a técnica adotada pelo analista de informática João Batista de Barros, 53 anos, para reciclar material eletrônico. O empresário criou a empresa DIOXL em 2009 e contou com a ajuda do Sebrae no DF para colocar a ideia em prática. Em menos de três anos de existência, o negócio já começa a se expandir.

A empresa que, no início, reciclava apenas as partes de ferro e plástico, já começa a dedicar-se a placas de memória e processadores. “Vamos dar início à nova fase em janeiro. Já temos 12 toneladas de material estocado. O ideal é processar oito toneladas por mês”, explica João.

Por meio da logística reversa, a DIOXL extrai, além do plástico e do ferro, substâncias poluentes como manganês, zinco e cloreto de amônia de equipamentos obsoletos. Essas substâncias podem ser utilizadas na produção de outros produtos. “São materiais muitos pesados que, se não tiverem à destinação adequada, contaminam o meio ambiente, principalmente o lençol freático”, alerta o empreendedor.

João teve a ideia de abrir a empresa após assistir uma palestra sobre os problemas ambientais provocados pelo lixo eletrônico quando terminou o curso de tecnólogo em redes. “A minha monografia foi focada no tratamento de resíduos eletrônicos pelo processo de reverter a matéria prima de um equipamento usado em insumo para outra máquina”, reitera.

Fotos: Corbis
O trabalho passou pela banca do curso, mas João não se deu por satisfeito. Apresentou a ideia ao Sebrae no DF que avaliou a possibilidade de execução do projeto. Depois, recorreu de novo à instituição para elaborar o plano de negócios da empresa. O Sebrae ajudou a fazer o registro da empresa e incentivou a alugar um espaço físico para a empresa que, antes, funcionava virtualmente e em salas compartilhadas. Hoje, a DIOXL realiza a reciclagem dos produtos em um galpão alugado em Ceilândia.

“No começo foi tudo muito difícil. Não tínhamos recursos financeiros e nem parâmetros para estruturar a empresa e dar início às atividades de reciclagem. Graças ao apoio do Sebrae conseguimos levar a ideia inovadora adiante”, conta. Atualmente, a empresa tem parcerias com cooperativas de material reciclado e conta com a ajuda de professores das universidades de Brasília e federal do Rio Grande do Sul para dar início à reciclagem de circuitos internos de eletrônicos.


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