Setor de gestão de resíduos automatizado

Sim, é possível reciclar de maneira automatizada e com técnicas modernas.
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O Centro de Gestão de Resíduos Sólidos de Paulínia, São Paulo, não deixa dúvidas que a automação já é uma realidade no setor. O local é uma verdadeira fábrica de tratar e destinar tudo aquilo que jogamos fora. Lá, 6,25 mil toneladas de lixo, de 30 municípios vizinhos são processadas por dia por apenas 150 pessoas de forma a impactar menos possível o meio ambiente.
A experiência de ver um volume gigantesco de lixo chegando - são 600 caminhões em 24 horas -  e sendo processado quase sem cheiro, mais por máquinas do que por humanos, consegue substituir  a imagem da montanha fétida dos lixões onde centenas de catadores disputam os recicláveis.
O CGR Paulínia, se espalha por uma área de 705 mil metros quadrados, onde seis unidades funcionam tratando os resíduos que chegam continuamente. Numa dessas unidades está a Unidade de Revalorização de Resíduos, que é na verdade um galpão de 160 mil metros quadrados onde foi instalada a mais nova aquisição do CGR: o Tiranossauro.

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A alusão ao dinossauro não é atoa. Trata-se de um equipamento capaz de processar por dia cerca de um milhão de toneladas de resíduos - isso quer dizer processar, fazer a separação de orgânicos de recicláveis e triturar este último para transformá-lo em um tipo de combustível derivado do lixo que pode substituir carvão e cavacos de madeira.
A máquina foi importada da Finlândia e é a única em operação na América Latina. Ainda está em fase de testes e custou à companhia cerca de 35 milhões de reais. Para funcionar, requer apenas 3 profissionais: um engenheiro e um técnico para operar os computadores que acionam o funcionamento, e um engenheiro ambiental supervisionando a operação. Nada a ver com os 1.500 catadores que disputam os recicláveis nos lixões.
Perto dessa unidade existe uma outra, a Unidade para Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Industriais, conhecida como Aterro Sanitário Controlado, onde 5 mil das 6,25 mil toneladas de lixo que chegam diariamente  ao CGR são despejados. Os únicos 10 funcionários, todos com equipamento de segurança, tem a tarefa de aplainar o lixo e orientar as escavadeiras, que botam camadas de terra em cima dos resíduos.


Essa técnica não só reduz o cheiro como também acelera a decomposição. Como cobertura é colocada uma manta prateada de polietileno que funciona como impermeabilizador. Até 2017, quando forem encerradas as atividades nessa área do aterro, serão 16 camadas completando um total de 16 milhões de toneladas de resíduos despejados ali desde 1999 - quando foi inaugurado. Quando isso acontecer, serão plantadas mudas de espécies nativas da região, cultivadas do viveiro de Paulínia e o que era uma montanha de lixo se tornará uma montanha verde, coberta por grama.



Fonte: Razão Social - O Globo

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