Reciclagem profissional


A profissionalização é sempre o melhor caminho para se chegar ao ideal, mesmo em se tratando de meio ambiente. Porque não capacitar profissionalmente pessoas envolvidas na área da reciclagem? Já que esse é um filão que vem crescendo gradativamente.
Uma boa iniciativa acontece no estado do Pará, onde a capacidade empreendedora está sendo incentivada cada vez mais.
Cintia

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Reciclagem busca profissionalização
Em: 31/10/11
Diário do Pará

Profissionalização e estímulo à capacidade empreendedora nos negócios relacionados à reciclagem. Essa é a proposta do projeto de pesquisa e extensão intitulado “Inovação Tecnológica e Gestão Coorporativa Sustentáveis e Participativas para a Inclusão Produtiva e Social de Catadores de Materiais Recicláveis na Região Metropolitana de Belém”.

Elaborado no Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), o trabalho foi recentemente aprovado, em primeiro lugar no Brasil, entre as 26 propostas escolhidas na seleção de projetos no Programa de Apoio à Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica para o Desenvolvimento Social, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Com o projeto, a partir de fevereiro do ano que vem, mais de 60 pessoas, entre integrantes da Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Aurá (COOTPA) e da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis da Pedreira (COOCAPE) serão capacitados nas áreas de informática e educação ambiental e receberão maquinário, entre triciclos motorizados, empilhadeiras e prensas, além de botas, luvas e outros equipamentos de proteção, para aumentar sua capacidade de recolher resíduos, organizar a produção e agregar valor ao produto coletado na hora da venda.

Numa era em que sustentabilidade também é uma questão de negócio, inclusive para as metrópoles do Brasil, que até 2014 terão que se adequar à coleta seletiva, o projeto vai preparar os catadores de resíduo para serem agentes nesse processo. “A gente espera que com esse projeto eles possam se qualificar e ser incluídos na economia formal. Queremos ajudá-los a crescer como empreendedores. Esse é um grande fator de inclusão. É a capacitação pelo trabalho”, afirma o coordenador do projeto, José Otávio Pires. Também participam da equipe os professores do CCNT Hélio Ferreira Filho e Norma Beltrão.

José Otávio reafirma que, de acordo com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, as cooperativas têm preferência nas licitações, mas, para isso, devem estar qualificadas e não só fazer a coleta, mas de maneira adequada. “Na China, as cooperativas de catadores faturam 1 milhão de dólares por ano. Não tem porque as nossas cooperativas não serem qualificadas”, avalia. “A cooperativa é uma empresa e vamos fazer um treinamento empresarial para o catador ser elemento ativo e fundamental nesse processo”, completa o coordenador.

O projeto vai melhorar a qualidade da coleta e a possibilidade de aumentar a remuneração do grupo, que em 11 anos de trabalho é a primeira vez que recebem uma proposta concreta de melhoria. A chegada dos equipamentos e de ações educacionais também melhora as condições de vida dos associados. Além dos catadores de resíduos, o projeto também abrange aulas de informática e de educação ambiental, ministradas por alunos e professores da Uepa, para doadores de material reciclável. A iniciativa inclui ainda treinamento de gestão de um sistema de rotas de coleta que envolva menor custo e maior retorno financeiro.


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