Ocupação desenfreada

As pessoas vão construindo desordenadamente, desorientadamente. As prefeituras precisam fazer alguma coisa para deter esse tipo de construção desenfreada porque depois as consequências não são muito boas. Vide os desastres ambientais ocorridos há pouco tempo, com desmoronamentos e destruição de comunidades inteiras em locais inapropriados, áreas de risco. Fora que o bioma Mata Atlântica também sofre com esse desiquilíbrio, já que é um  ecossistema que funciona de forma estável e precisa de proteção.
Cintia
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Mais de 100 ocupações irregulares em área de mata nativa são identificadas
Casas isoladas ou pequenos grupos de habitações estão se multiplicando rapidamente
Em: 16/07/2011
Por: Exame / Economia
AE - Agencia Estado

São Paulo - A Federação Pró Costa Atlântica - formada por 18 associações de bairro de São Sebastião - constatou, ao longo de 18 meses de monitoramento, a ocorrência de 100 invasões em uma faixa de 60Km de vegetação nativa em de áreas de Mata Atlântica, no litoral norte de São Paulo. São casas isoladas, ou pequenos grupos de habitações que, segundo o presidente da federação, Sérgio Pereira de Souza, estão se multiplicando rapidamente. “Dia a dia estão aumentando o número de casas e construções”, disse.

As invasões, com derrubada de áreas de Mata Atlântica, são identificadas em sobrevoos de paraglider, um tipo de paraquedas motorizado. “De 15 em 15 dias nós passamos no mesmo local”, declarou Souza, "na maioria dos casos, nada foi feito para remover as construções ilegais e, em alguns casos, foram iniciadas novas obras. O monitoramento aéreo comprova que não houve medida efetiva naqueles locais”.


Além da destruição da vegetação nativa, Souza destaca que parte das casas foi erguida em áreas de risco, como encostas e margens de rios. “Quando acontecem grandes inundações as pessoas que são ribeirinhas perdem tudo e o Poder Público tem que socorrer”, disse.

A preocupação é compartilhada pelo secretário de Meio Ambiente de São Sebastião, Eduardo Hipólito. “Além da ocupação propriamente dita, da retirada de cobertura vegetal, você tem a perda da flora e da fauna. Você tem também muitos casos de contaminação do solo. As pessoas que ocupam essas áreas se utilizam das águas dos rios e das cachoeiras para fazer o lançamento dos seus esgotos”, declarou.


Apesar de reconhecer a gravidade do problema, Hipólito admite que a prefeitura não tem os recursos necessários para combater a situação de maneira efetiva. Ele reconhece que a Federação Pro Costa Atlântica tem denunciado as invasões sistematicamente, mas a faltam funcionários e equipamentos para que sejam adotadas providências. “Você tem a denúncia mais não tem como atender, porque não tem veículos ou meios para chegar até o local”.

De acordo com o secretário, a prefeitura de São Sebastião tem tentado compensar os carências com a sinergia de esforços dentro da administração municipal e parcerias com a sociedade civil e o governo estadual. Hipólito disse que a prefeitura tem sido auxiliada pela fiscalização do Parque Estadual da Serra do Mar e, além disso, busca fazer com que todas os órgãos municipais auxiliem na contenção das invasões.




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Giovana disse...

Prefeitos não costuma proibir construções irregulares e nem retirar moradores de área de risco por medo de perder voto. Aí perdem os moradores nas tragédias. Assim caminha a humanidade.