Chuvas em Volta Redonda

Fortes chuvas e ventos causaram estragos em alguns bairros de Volta Redonda essa semana. É fato que as estações e os fenômenos naturais estão cada vez mais intensos e por aqui, na Região Sul Fluminense, não é diferente. Na segunda-feira, dia 16/01, uma chuva muito forte caiu e com ela veio também um vendaval inesperado, que causou destruição nos bairros Aterrado, Niterói, Aero Clube e Barreira Cravo. Muitas árvores caídas, casas destelhadas, carros e muros sob as árvores. Os prejuízos à cidade já chegam a um milhão de reais. O local mais atingido foi o bairro Aterrado, que teve parte da cobertura de duas pontes arrancada, tamanha a violência e força da ventania. Muitos letreiros de lojas também voaram pelos ares.

Ponte Pequetito Amorim, no Aterrado (Foto: Gabriel Borges)



Dois dias depois, ontem, mais uma chuva forte e pesada durou algumas horas, porém sem ventos. Mas ainda assim não foi pouco para mais estragos. Rios que cortam os bairros Vila Santa Cecília e arredores (Sessenta, Jardim Esperança, Siderópolis, Casa de Pedra, Vila Rica) transbordaram e causaram muitos transtornos. Casas e lojas inundadas, carros sendo levados pela forte correnteza e muitas pessoas sendo resgatadas de bote pelo Corpo de Bombeiros, principalmente nas ruas 33 e 41, na Vila Santa Cecília (que aliás, foi uns dos pontos que mais sofreu).
Rua 41, Vila Santa Cecília (Foto: Eduardo Freitas)
Vista de cima, bairro Vila Santa Cecília, rua perpendicular à Rua 33 (Foto: Eduardo Freitas)
Rua 41, Vila Santa Cecília (Foto: Bernardo Coutinho)
No dia seguinte, depois de mais chuva durante a noite, o que restou foram avenidas interditadas, muita lama, mato, árvores caídas, carros abandonados e lixo. Muito lixo e sacolas plásticas.
Rua 41, Vila Santa Cecília (Foto: Paulo Dimas)
Rua 41, Vila Santa Cecília (Foto: Paulo Dimas)
Córrego Cachoeirinha, Vila Santa Cecília  (Foto: Camila Machado)


Os rios Brandão e Cachoeirinha não suportam a vazão das cabeceiras e transbordam, todos os anos nessa época de muitas chuvas. Muitas pessoas que moram nessas localidades já sabem e se preparam para não sofrer com os estragos. Normalmente as ruas alagam e, algumas horas depois, o rio vai baixando e volta ao seu volume normal, deixando lama e mato pelo caminho.
Porém esse ano a vazante está bem maior que há alguns anos. E muito se deve ao fato do crescimento meio desorganizado e do excesso de lixo nos rios. Sacos plásticos e lixo se aglomeram em bueiros e nos pontos da rota do rio, fazendo que a água demore muito a escoar. Muito desse lixo também acaba se amontoando nas calçadas e atrapalhando ainda mais a vazão da água da chuva.
É necessário uma reeducação urgente sobre descarte de lixo de maneira correta para que eventos assim sejam menos traumáticos para a cidade.
É claro que além da contribuição da população em geral, é preciso o apoio da Prefeitura, que deve fazer a coleta também de maneira correta (seletiva, de preferência!), senão não adianta nada.

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