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Sacos estampados em verde-limão deixam lixeiras mais fashion
Em; 18/11/2012
Por: Chico Felitti, de São Paulo.
Saco verde-limão com estampa de folhas 'camufla' o lixo no centro de São Paulo |
Estampado é o novo preto. Ao menos para os sacos de lixo da limpeza pública do centro da cidade, que de quatro meses para cá jogaram fora a monocromia e ganharam estampa de folhas sobre fundo verde-limão.
A mudança de roupa pode ser notada nas esquinas de logradouros como avenida Higienópolis, rua 25 de Março, praça da República, rua Augusta e em trechos da avenida Paulista.
A Inova, empresa responsável pela limpeza das ruas da região, diz que a intenção da mudança é estética. "É para reduzir o impacto visual nas áreas de calçadões e de grandes avenidas".
"Esteticamente o saco é lindo, mas não muda na utilidade. Fiquei achando que era só uma forma estranha de camuflar o lixo da cidade", afirma a artista plástica Marcela Tiboni.
"Vi as folhas e pensei que os sacos haviam sido criados para que os garis colocassem ali só restos de natureza, orgânicos" (eu também pensei isso!). Ela ficou tão curiosa que abriu um saco da calçada e descobriu que lá dentro havia todo tipo de dejeto.
Ao menos o lado de fora é natural. A folhagem da estampa é inspirada no fícus, gênero vegetal do qual fazem parte 850 árvores, inclusive a figueira.
A mudança fez bem à maior parte dos olhos - a Inova realizou uma pesquisa com 539 pedestres no centro, em agosto, e descobriu que 57% dos entrevistados perceberam a mudança. Nesse grupo, 48% consideram o novo saco mais bonito que o amarelo - sacos pretos são só para uso residencial e comercial, não de limpeza pública.
A dona de casa Ivani Doldani, 57, faz parte do grupo que torce o nariz. "É até bonitinho, mas ordinário. Rasga muito fácil." Isso porque os sacos são mais finos que os antigos. A empresa diz que a espessura menor é para acelerar o processo de decomposição, já que eles não são biodegradáveis.
É por isso que Ivani troca o saco novidadeiro da lixeira na porta da sua casa, na rua Aurora, pelo velho plástico pretinho básico.
Fonte: Folha de São Paulo
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