Já era para sermos uma potência global em biodiesel, mas fatores como alta carga tributária, infraestrutura logística deficiente, política pública conservadora e atuação num mercado inédito, ainda atrapalham bastante o reinado do biodiesel brasileiro internacionalmente. Mas já é um começo.
- - - - - - - - - -Uso do biodiesel já incrementou R$ 7 bilhões no PIB nacional
Relatório da FIPE aponta que o número de empregos gerados em quatro anos foi de 86.1 mil
Por: Viviane Taguchi
Especialistas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apresentaram nesta segunda-feira (1/10) durante a Conferência Internacional Biodiesel-Br, um estudo detalhado sobre a cadeia do biodiesel e seus impactos na economia brasileira. Segundo o relatório, nos últimos quatro anos o Produto Interno Bruto (PIB) nacional já recebeu incremento de R$ 7,1 bilhões vindos da produção do biocombustível.
De acordo com o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Marcelo Cunha, a tendência é a elevação desses números. "Entre os anos de 2008 e 2011 observamos o efeito combinado de expansão da produção de soja, redução na produção de óleo de soja e o aumento na produção de farelo, que gerou no período R$ 5 bilhões", diz o economista. "Com a agregação de valor, a tendência é aumentar a receita com a venda do farelo, que em produto demandado pelo mundo inteiro", afirmou.
As projeções para os próximos anos são positivas
Joaquim Guilhoto, do Departamento de Economia da Universidade de Sao Paulo (USP), prevê que quando a mistura permitida de biodiesel ao diesel fóssil for de 7% o impacto no PIB, estimulado pela venda do farelo, será de R$ 13,4 bilhões. "Quando a mistura atingir 10% a projeção e de R$ 20 bilhões e 20%, de R$ 49 bilhões. Em números de geração de empregos estamos falando de 132 mil, 204 mil e 459 mil respectivamente para o B7, B10 e o B20", diz.
Segundo os economistas, a maior parte desses empregos serão absorvidos pelo agronegócio, entre o campo e a indústria de máquinas e equipamentos. "Estas simulações consideram que a produção de soja crescerá a fim de suprir a demanda do biodiesel sem redução da produção de óleo", explica Guilhoto.
O relatório aponta também que nos últimos quatro anos a cadeia do biodiesel gerou a redução de 11,8 milhões de toneladas de CO2 equivalente. O balanço leva em consideração as emissões de CO2, CH4 e N2O. A cadeia produtiva do biodiesel utiliza como matéria-prima principal a soja (81,2%), sebo bovino (13,4%) e outras fontes (5,4%).
Fonte: Globo Rural Notícias
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