Desenvolvimento com preservação e responsabilidade

Não gosto de fumo, sou totalmente contra. Mas essa ação precisa de destaque pelo fato de que os produtores estão assumindo uma postura correta em relação ao meio-ambiente.
Disso eu gostei. Que outras cadeias, como a do tabaco, sejam as próximas.
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Pioneirismo marca acordo para a preservação da Mata Atlântica
Acordo inédito na Região Sul do Brasil deverá servir de exemplo para o diálogo com outras cadeias produtivas. Presidente do Ibama, Curt Trennepohl, participou da assinatura, nesta segunda-feira (22), em Porto Alegre.
Em: 23/08/11
Por: Eliana Stülp e Claudia Martinelli
Fonte: O Barriga Verde
Fotos: Google


Autoridades, representantes de órgãos municipais, estaduais e federais, e de entidades e empresas do setor do tabaco participaram nesta segunda-feira, 22 de agosto, em Porto Alegre, de um momento inédito na Região Sul do Brasil: um acordo entre cadeia produtiva e governo para a preservação da Mata Atlântica. A partir de 2012, passam a valer os compromissos firmados em dois documentos: um Termo de compromisso e um Acordo de Cooperação Técnica inéditos com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o Ministério do Meio Ambiente. A solenidade realizada no Salão Duque de Caxias do Hotel Everest iniciou com o pronunciamentos das partes envolvidas.

O presidente do SindiTabaco (Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco), Iro Schünke, citou a importância econômica e social do setor e o pioneirismo nas áreas de responsabilidade social e ambiental. “O tabaco representa 13% de todas as exportações gaúchas. Para muitos municípios, é a mola propulsora do desenvolvimento econômico e social. Temos a clara consciência que além de volume, qualidade e integridade de produto, hoje é necessário também mostrar que o tabaco aqui é produzido de uma forma sustentável. Neste sentido, o setor do tabaco tem sido pioneiro e este pioneirismo fará diferença para que o Brasil possa se manter como maior exportador mundial. Além disso, este trabalho certamente será um legado para gerações futuras e contribuirá decisivamente para que elas possam ter uma melhor qualidade de vida”, disse Schünke.


“A Afubra, como entidade representativa dos produtores, entendeu que não poderia se omitir deste convênio para preservação da Mata Atlântica. Este compromisso é para colaborar para a preservação e também buscar soluções mútuas para uma produção sustentável e uma convivência harmoniosa”, posicionou o presidente da Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil), Benício Werner.

O representante do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, diretor do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento, parabenizou o setor do tabaco pela iniciativa e o Ibama pela abertura do diálogo. “O papel de um órgão de meio ambiente é de um lado cumprir a questão da fiscalização e, de outro, promover a sustentabilidade. Esta é uma iniciativa muito importante para a preservação do meio ambiente e serve também para sinalizar a outros setores produtivos que este é o caminho para conciliar produção econômica e sustentabilidade ambiental. A liderança do setor do tabaco e o compromisso assinado devem encontrar a sua efetividade e os resultados deverão ser úteis a toda a sociedade”, disse Pires.

A secretária do Meio Ambiente, Jussara Cony, representou o governador do Estado, Tarso Genro, na ocasião. “Uma cadeia produtiva desta magnitude, articulando ações de preservação com o governo, demonstra pioneirismo e sintonia. A visão tradicional de que o meio ambiente é um obstáculo ao desenvolvimento econômico, envelheceu. Precisamos fazer desenvolvimento com preservação e responsabilidade", disse.


Para o superintendente do Ibama no Rio Grande do Sul, João Pessoa Riograndense Moreira Junior, “os documentos assinados são frutos de um trabalho inovador do Ibama, pois chama a cadeia produtiva do tabaco para o diálogo para a proposição de alternativas”.

O objetivo principal do termo será a prática de ações de desenvolvimento sustentável, de conservação e de combate ao desmatamento a serem empreendidas no bioma Mata Atlântica por intermédio do IBAMA. Vários compromissos estão sendo pautados, como a exigência contratual dos produtores rurais para que a comercialização do tabaco esteja em conformidade com as normas ambientais vigentes e que o tabaco adquirido não seja oriundo de áreas desflorestadas.

O Acordo de Cooperação Técnica prevê ainda, estabelecer formas de apoio à recuperação de áreas degradadas na região de Segredo (RS) e à conservação de áreas do bioma Mata Atlântica por meio de parcerias com universidades.

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