Selo verde para a Copa-2014

Mesmo estando em obras, o Maracanã já disputa seu primeiro título: o de certificação ambiental. Para atingir o objetivo, a Empresa de Obras Públicas do estado (Emop) terá de cumprir uma série de exigências durante a reforma do estádio, como o controle da poluição. Quando estiver tudo pronto — a Emop estima o fim das obras para dezembro de 2012 —, o Maracanã terá uma redução de 30% no consumo de energia elétrica. E de 50% no de água, graças aos sistemas de captação das chuvas e controle dos desperdícios.

E não é só o Maracanã que tá correndo atrás do prejuízo (ou do lucro, ne? Porque com o os investimentos verdes aumenta a economia como um todo). No quesito práticas sustentáveis, o Governo de Minas segue à risca as exigências, na busca pelo selo verde.

Obras no Maracanã
O estádio Mineirão é um dos poucos até agora a contratar um serviço de consultoria Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), habilitado a acompanhar obras para comprovar que são priorizadas práticas sustentáveis junto ao conselho do Green Building Council Institute (GBCI), organização com sede nos Estados Unidos que confere a certificação. Com a previsão de cumprimento rigoroso do cronograma, com a inauguração do Novo Mineirão em dezembro de 2012, possivelmente será o primeiro estádio certificado.


O Selo Verde surgiu a partir da crescente preocupação ambiental dos consumidores, principalmente do mercado europeu. No Brasil, o cuidado ambiental é uma exigência do BNDES, que deverá investir R$ 400 milhões na reconstrução dos estádios para a Copa de 2014. O banco determinou que todos os estádios da Copa do Mundo de 2014 tenham a certificação. Caso contrário, os repasses não serão feitos.

O Maracanã também deverá seguir o sistema Leed, do Green Building Council Brasil (GBC). Para Ícaro Moreno, presidente da Emop, isto significará um aumento dos custos em cerca de 20%, uma vez que a certificação exige mais cuidados e tecnologia.

A tendência é que todas as obras públicas passem a ter essa ação ambiental. No caso do Maracanã, as ações começaram desde a demolição e tudo foi reciclado.

Uma das mudanças nos estádios é captação de água da chuva pela cobertura que pode ser usada para irrigação do gramado e alimentação de banheiros, que contarão com torneiras inteligentes e descargas ecológicas, com duas opções de acionamento. O sistema de drenagem do campo também armazena água para novas regas. Outra mudança verde é o aquecimento solar para as duchas dos vestiários e utilização de lâmpadas econômicas.


Pesquisa: GR NewsMundo SebraeO Globo / Esportes.

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