Com 35 anos de experiência no trato com tubarões, o americano Jim Abernethy, 53, não tem medo de chegar perto de perigosas espécies de predadores marinhos.
"Descobri que, se você os trata com respeito, eles ganham confiança e se aproximam", disse Abernethy, autor de fotos que retratam os tubarões a uma proximidade impressionante. "Criei um laço de confiança com eles."
Imagem feita nas Bahamas (Caribe), em 2008. |
Algumas das fotos estão no livro "Sharks - Up Close" ("Tubarões - De perto", em tradução literal), feito por Abernethy e vendido em seu site. No livro, o autor expressa seu "amor por essas criaturas incompreendidas".
"Dedico minha vida a eles. Passo 320 dias por ano no meu barco fazendo expedições em alto-mar. Removo anzóis e parasitas de seus corpos. Eles ficam confortáveis na minha presença", relatou à BBC Brasil por telefone. "Com 15 deles, tenho uma relação similar à que as pessoas têm com seus cachorros".
Bahamas, Caribe - 2010. |
Abernethy tem uma empresa que oferece passeios de mergulho na Flórida e aluga seu barco para que fotógrafos e documentaristas produzam imagens da vida marinha. Ele também diz trabalhar em conjunto com grupos conservacionistas para combater a caça predatória dos tubarões.
Em janeiro, pela primeira vez, ele foi atacado por um dos predadores. "Um tubarão me confundiu com um peixe e me mordeu no braço", contou. Mas isso não o desestimulou a proteger os animais.
"Estou bem e vou me recuperar. Enquanto isso, milhares de tubarões não têm a mesma sorte e morrem diariamente de forma cruel, desmembrados enquanto ainda estão vivos".
O temido Tubarão Martelo, Bahamas, Caribe - 2004. |
Foto de 2008, também nas Bahamas, Caribe. |
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